No dia 18 de fevereiro de 2020 foi aberta a XI Exposição de Artes, Fotografia e poesia da AFFEMG – Cartografias afetivas Percurso I. A noite, que foi marcada pela devoção à cultura mineira, inaugurou a primeira etapa de uma viagem artística pelo Estado.
No Percurso I, cidades de cinco Sedes Regionais foram homenageadas:
Reg. Centro-norte: Sete lagoas, Cordisburgo e Diamantina
Reg. Metalúrgica: Ipatinga e Caratinga
Reg. Rio Doce: Governador Valadares e Resplendor
Reg. Sul: Varginha, Três Pontas, São Lourenço, São Tomé das Letras
Reg. Vale do Sapucaí: Pouso Alegre e Itajubá
As instalações da exposição representaram um convite aos sentidos: Poesias para ler e ouvir, fotos em cores e em preto e branco, texturas, luzes e nuances. Nos bordados foi possível perceber o carinho com que cada uma das regiões foi representada. No chão, o caminho traçado pelos artistas, fixado no piso para o visitante percorrer. A mostra ficou aberta para o público até o dia 18 de março, na Galeria de Ex-Presidentes da Associação, na sede, em Belo Horizonte.
“Este é só o início de uma jornada afetiva de expressão artística. Através da arte, de forma genuína, legitimamos nossa luta por um mundo mais humanizado, garantindo nossa atuação afetiva e criativa na sociedade” disse a artista plástica e uma das curadoras da exposição, Rosimary de Freitas Bakir.
O evento integrou as comemorações dos setenta anos da Associação. Na noite de abertura, os convidados ouviram o Associado e poeta, Lúcio Carlos Ferraz de Souza, declamar poesia de sua autoria e ainda acompanharam a apresentação da história “O Sonhador de Bagdá”, pela contadora de histórias, Ellise Vieira, acompanhada do multi-instrumentista, Max Hebert.
Em 2020, o Percurso I foi um sucesso de participação e crítica! Navegue, na aba abaixo, pelo nosso arquivo fotográfico de obras! Se desejar revisitar o acervo completo, clique aqui.
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Esse fato talvez se dê pelo motivo de ter fronteiras com Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul, trazendo para seu acervo cultural uma riqueza ímpar, traduzida no jeito de ser de uma gente que aprendeu, desde sempre, a lutar por sua liberdade. Mas Minas não é apenas a tradição: é também o espaço da modernidade e das expressões contemporâneas no campo das artes, da tecnologia, da arquitetura, da música, da dança, do teatro.
Minas Gerais é o segundo Estado mais populoso do país. Estado que traz em sua bandeira a inscrição "Libertas quae sera tamem" ou "Liberdade ainda que tardia", Minas, no período colonial, foi cenário de uma das maiores conspirações brasileiras em busca da liberdade, e essa busca está enraizada nos hábitos e costumes dos mineiros, povo acolhedor e trabalhador, dedicado à arte de receber bem, de cultivar as tradições religiosas e a convivência familiar.
A diversidade cultural tão marcante em Minas encontra semelhanças nas manifestações religiosas. Além das festas, a fé gera costumes ligados à hospitalidade, como o hábito de receber a Folia de Reis em casa, oferecendo comida para todos os presentes, ou receber em casa a imagem da Santa Visitadora, para rezar com os vizinhos, e assim também acolher quem chega com a peculiar receptividade mineira. É talvez por isso que sempre nas cidades mineiras há festas, praças e coretos. Minas também é o Estado com o maior número de bandas: cerca de 840, contando apenas as civis cadastradas na Secretaria de Estado de Cultura.
Importante ressaltar que, além de ser o Estado com maior número de municípios - 853 - Minas Gerais reúne o mais importante acervo arquitetônico e artístico do período colonial brasileiro, preservado em cidades de fama internacional como Ouro Preto, Diamantina e Congonhas do Campo, ricas pela profusão de obras-primas do estilo Barroco, nas quais se destacam os trabalhos de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e Mestre Athaíde. O Barroco mineiro é considerado único por muitos pesquisadores estrangeiros.
A crença no poder da medicina popular também é marcante em Minas Gerais. Ainda hoje, os raizeiros e as benzedeiras são muito procurados para fazer chás, simpatias, banhos e benzeções com a finalidade de solucionar problemas de saúde. Nos mercados municipais das maiores cidades mineiras as barracas de plantas e raízes medicinais são muito comuns.
A culinária mineira, além de pratos deliciosos e reconhecidos internacionalmente, também cria hábitos e costumes. Nas cidades do interior é comum o preparo da quitanda – um conjunto de quitutes como bolo, broa, pão de queijo e biscoitos caseiros, preparados de uma só vez para aproveitar o calor do forno à lenha. Também é fundamental lembrar o bom e velho costume mineiro de receber visitas ao redor da mesa da cozinha – sempre mais acolhedora que a sala de visitas. Um bom anfitrião mineiro quer sempre agradar sua visita que nunca pode sair de barriga vazia.
Assim, da influência africana ao barroco, das tradições indígenas à moda de viola, os mineiros foram construindo seus hábitos. Vão dando asas a sonhos da humanidade, como é o caso do feito de Santos Dumont, coisa de quem cultiva a liberdade.
Para fazer o primeiro percurso artístico por essas riquezas, 5 Regionais foram escolhidas: Centro-Norte, Metalúrgica, Rio Doce, Sul e Vale do Sapucaí. As Diretorias das Sedes escolheram municípios relevantes da sua área, como fonte inspiradora para iniciar o traçado afetivo do nosso mapa.
Reg. Centro-norte: Sete lagoas, Cordisburgo e Diamantina
Reg. Metalúrgica: Ipatinga e Caratinga
Reg. Rio Doce: Governador Valadares e Resplendor
Reg. Sul: Varginha, Três Pontas, São Lourenço, São Tomé das Letras
Reg. Vale do Sapucaí: Pouso Alegre e Itajubá
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